Jacobina: Enquanto a oposição não se decide, Luciano Pinheiro segue sua viagem

16 de março de 2020, 15:25

Com a aproximação do prazo oficial para a campanha eleitoral para a eleição municipal, as pedras políticas já começam a se movimentar no tabuleiro. Prováveis alianças são cogitadas, pré-candidaturas se aproximam de definições e trocas de legendas partidárias são autorizadas. O caldo político começa a engrossar. Os considerados fortes seguem na luta, enquanto os que não possuem sebo nas canelas vão ficando para trás.

Não diferente de outros municípios, em Jacobina a corrida eleitoral começa a ganhar corpo e os nomes que reúnem reais condições de concorrer ao pleito deste ano passam a ser conhecidos pela população. Com exceção aos que já declararam não ter mais a intenção de concorrer pela renovação do mandato, como o vereador Doutor Pedro, os restantes que compõem a Câmara de Vereadores da cidade são candidatíssimos. Já para o Executivo a certeza até o momento é nome do atual prefeito Luciano Pinheiro que irá tentar a reeleição. O grupo de oposição ao seu mandato aparece com três prováveis nomes, o ex-deputado Amauri Teixeira (PT), o vereador Tiago Dias (PC do B) e a diretora do Núcleo Regional de Saúde (NRS), Kátia Alves (Podemos). Todos, até o momento, se colocam com pré-candidatos a prefeito.

Do jeito que está Luciano venceria com tranquilidade a eleição para prefeito, pois a divisão dos votos dos seus opositores lhe beneficiaria, como aconteceu no pleito anterior quando concorreu contra três candidatos. Caso aconteça o consenso, e os demais nomes decidam pela união de forças, a reeleição do atual gestor estaria comprometida. Por incrível que pareça, contrariando a matemática e prevalecendo a lógica política, a disputa contra três candidaturas seria bem mais fácil do que contra apenas uma.

A vantagem para o prefeito estaria no excesso da vaidade dos seus oponentes. Demonstrando a falta de um projeto político, onde a discussão coletiva está sendo sucumbida pelo egoísmo, partidos e pessoas querem mostrar forças numa mera disputa de poder em detrimento ao bem comum.

Como se estivessem se precavendo de uma contaminação viral, os nomes que se apresentam em melhores condições para enfrentar Luciano Pinheiro nas urnas neste ano insistem no distanciamento, se comportando como se fossem inimigos e não integrantes da mesma corrente política.

Até que se faça a terraplanagem, drenagem e pavimentação da estrada de cascalho, os que circulam em rodovias já pavimentadas estarão a quilômetros de distâncias. Uma coisa é real, enquanto a oposição não se decide, o prefeito Luciano segue sua viagem em rodovia sem curvas.

Ano eleitoral é como uma corrida de fundo, o atleta que sair na frente inevitavelmente será o campeão da prova.

Por Gervásio Lima

Jornalista e historiador

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