Jacobina: Em menos de 48 horas, prefeito altera novamente decreto e amplia o número de serviços considerados essenciais

01 de abril de 2020, 11:06

Em Jacobina, apesar de não ter casos confirmados, a população está apreensiva com o avanço do Coronavírus (Foto: Notícia Limpa)

Jacobina: Em menos de 48 horas, prefeito altera novamente decreto e aumenta o número de serviços essenciais

Em um intervalo de menos de 48 horas, o prefeito de Jacobina, Luciano Pinheiro mexe mais uma vez no Decreto que determina algumas ações para evitar a disseminação no novo coronavírus (Covid-19) na cidade. Depois desistir de reabrir o comércio, prorrogando a quarentena até o dia 12 de abril, conforme decreto publicado em uma edição extra na noite de domingo (29), uma nova ordem do chefe do Executivo Municipal autoriza a abertura de estabelecimentos comerciais nos mais diversos segmentos.

Nesta última decisão, estão caracterizados como ‘serviços essenciais, entre outros: casas de rações, sementes e defensivos agrícolas,  lojas do setor de construção civil, oficinas mecânicas, autopeças, borracharias, serviço de segurança privada, industrias e estabelecimentos de vendas de material de limpeza.

A resolução do prefeito que flexibiliza a abertura de algumas atividades comerciais no município tem sido motivo de reclamações de comerciantes de segmentos que não foram contemplados com a medida, como loja de roupas e eletrodomésticos. Sendo um dos principais pólos de revenda de peças para veículos e oficinas mecânicas especializadas do interior da Bahia, a liberação para funcionamento destes estabelecimentos em Jacobina é motivo de preocupação para as cidades vizinhas e moradores local, pois inevitavelmente ocorrerá aglomerações de pessoas e estimulará o fluxo de veículos intermunicipais, alterando o controle de isolamento social dos municípios que optaram por medidas mais rígidas.

“O momento não é para escolher quem pode ou não ser contaminado. O risco não é apenas para os trabalhadores das empresas autorizadas em funcionar, como também para seus familiares”, relatou um funcionário de uma oficina mecânica. Com a mesma preocupação, a dona de casa Rosângela Cruz, reclama do que chama de ‘indefinição em relação aos cuidados com a população’. Já um empresário do ramo de confecções, que também pediu para não ser identificado, as decisões do município de Jacobina vai de encontro ao que tem sido orientado pelas autoridades de saúde do mundo todo para conter a propagação e evitar mortes pelo Covid-19. “Ele (prefeito) tem que dizer claramente o que realmente está pensando em relação à esta doença. Será que acredita que o jacobinense é imune a este perigoso vírus?”, reclamou.

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