‘Gripezinha’: Bolsonaro ataca imprensa e defende fim de confinamento em massa (Vídeo)

24 de março de 2020, 23:40

O presidente ainda destacou que, "pelo meu histórico de atleta", ele não precisaria se preocupar caso fosse infectado pela COVID-19 (Foto: Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro fez um novo pronunciamento na noite desta terça-feira na cadeia de rádio e televisão, no qual atacou a imprensa e defendeu o fim do confinamento em massa que vem sendo incentivado por alguns estados e municípios na luta contra a COVID-19.

Segundo Bolsonaro, desde o resgate de brasileiros em Wuhan, na China, epicentro da pandemia do novo coronavírus, o governo vem realizando ações preventivas e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, vem realizando “um excelente trabalho” neste sentido.

“Mas, o que tínhamos que conter naquele momento era o pânico, a histeria, e ao mesmo tempo traçar a estratégia para salvar vidas e evitar o desemprego em massa”, prosseguiu o presidente, acusando “grande parte dos meios de comunicação” de irem na contramão.

“Espalharam exatamente a sensação de pavor, tendo como carro-chefe o anúncio do grande número de vítimas na Itália, um país com um grande número de idosos e com um clima totalmente diferente do nosso”, continuou.

Depois de parabenizar a imprensa de maneira irônica por ter pedido calma de tranquilidade nas últimas 24 horas em seus editoriais, Bolsonaro garantiu que o vírus “brevemente passará”, defendendo assim que a vida volte ao que ele chamou de normalidade.

“Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa”, sentenciou o presidente, contrariando medidas que buscam evitar a aglomeração de pessoas.

Para Bolsonaro, já está claro que o grupo de risco é o de pessoas acima de 60 anos, algo que, de acordo com ele, não justifica o fechamento de escolas – especialistas dizem que crianças e jovens podem ser vetores do novo coronavírus, mesmo que assintomáticos.

Por fim, o presidente ainda destacou que, “pelo meu histórico de atleta”, ele não precisaria se preocupar caso fosse infectado pela COVID-19, já que seria atingido no máximo “por uma gripezinha ou um resfriadinho”.

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