Covid-19: Uso de máscara em locais públicos reduz transmissão em 40%
17 de junho de 2020, 08:34
O estudo foi publicado pelo Instituto Alemão de Economia do Trabalho (Foto: Reprodução)
Um estudo alemão e dinamarquês concluiu que o uso obrigatório de máscara nos transportes públicos e espaços comerciais diminui a propagação do coronavírus SARS-CoV-2 em cerca de 40%.
O estudo publicado pelo Instituto Alemão de Economia do Trabalho, revela que a utilização da máscara em espaços públicos pode diminuir em cerca de metade o aparecimento de novos casos de Covid-19.
Para efeitos desta pesquisa os investigadores analisaram a introdução obrigatória do uso de máscaras nos transportes e em lojas na Alemanha.
Olhando para os novos casos da doença após a realização da experiência, os cientistas afirmaram que existem “dados estatísticos fortes e convincentes” de que a máscara “reduz significativamente o número de ocorrências da patologia”.
Os investigadores, da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz, na Alemanha, e da Southern University da Dinamarca (SDU), apontaram que este estudo foi o primeiro em todo o mundo a analisar os efeitos do uso de máscara num ambiente real controlado.
Em Jena, na Alemanha, no dia 6 de abril, passou a ser obrigatório o uso de máscara em espaços comerciais e nos transportes públicos, sendo que a medida levou a um decréscimo dramático de novas infecções.
Entretanto, no dia 20 do mesmo mês, a região da Saxônia implementou a mesma medida e assistiu igualmente a um decréscimo no número de infecções.
De acordo com os acadêmicos, as melhorias aparentes na diminuição do surgimento de novos casos de Covid-19 não foram uma coincidência.
No estudo, os investigadores escreveram: “a pronta introdução de máscaras faciais na cidade de Jena resultou numa redução de quase 25% no número cumulativo de casos reportados de Covid-19 após 20 dias”.
“O decréscimo foi ainda mais acentuado, superior a 50%, em indivíduos a partir dos 60 anos”.
“Usar máscara aparentemente contribuiu para uma queda considerável da taxa de transmissão do SARS-CoV-2”, concluíram.
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