Covid-19: mais de 60% dos pacientes recuperados sentem fadiga um ano depois, aponta estudo

24 de junho de 2021, 07:19

Os resultados indicam que deve ser realizado acompanhamento em todos os pacientes que sofreram da doença, já que muitos sintomas são persistentes (Foto: Reprodução)

Mais de 60% dos pacientes que contraíram Covid-19 continuam sentindo fadiga um ano depois, de acordo com um estudo de uma equipe de cientistas espanhóis, citado pelo jornal ‘La Vanguardia’.

O trabalho está sendo realizado por pesquisadores e médicos das universidades Rey Juan Carlos (URJC) e Complutense de Madrid (UCM), que avaliaram os doentes internados em cinco hospitais da capital espanhola, acompanhando eles durante um ano, desde que receberam alta do hospital.

Os resultados, publicados na revista ‘Lung’, mostram que 61,2% dos envolvidos continuam manifestando fadiga um ano depois, 23,3% reportam “falta de ar”, 6,5% dos pacientes ainda sofrem de dor no peito e 2,5% continuam com tosse.

“Estes resultados indicam que um acompanhamento pró-ativo deve ser realizado em todos os pacientes que sofreram da doença, já que uma proporção significativa tem sintomas persistentes, que devem ser avaliados e acompanhados”, disse César Fernández de las Peñas, professor do Departamento de Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Reabilitação e Medicina Física da Universidade Rey Juan Carlos, citado pelo ‘La Vanguardia’.

Num outro estudo realizado pela mesma equipe, descobriu-se que 70% dos pacientes sofrem de algum sintoma “pós-Covid”, revelou a Universidade Complutense de Madrid, num comunicado divulgado esta quarta-feira (23).

Para a realização da pesquisa, foi selecionada uma amostra de 2.100 pacientes, dos quais participaram 1.950, 47% mulheres, com uma média de idade de 61 anos. Os sintomas mais comuns de covid-19 nesses pacientes foram febre, falta de ar e dor muscular .

“O nosso objetivo é determinar e identificar possíveis fatores de risco e subgrupos de pacientes suscetíveis ao desenvolvimento de sintomas pós-covid”, explica Juan Torres Macho, pesquisador do Departamento Complutense de Medicina e coautor do trabalho.

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