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Jacobina: Enquanto a oposição não se decide, Luciano Pinheiro segue sua viagem

16 de março de 2020, 15:25

Com a aproximação do prazo oficial para a campanha eleitoral para a eleição municipal, as pedras políticas já começam a se movimentar no tabuleiro. Prováveis alianças são cogitadas, pré-candidaturas se aproximam de definições e trocas de legendas partidárias são autorizadas. O caldo político começa a engrossar. Os considerados fortes seguem na luta, enquanto os que não possuem sebo nas canelas vão ficando para trás.

Não diferente de outros municípios, em Jacobina a corrida eleitoral começa a ganhar corpo e os nomes que reúnem reais condições de concorrer ao pleito deste ano passam a ser conhecidos pela população. Com exceção aos que já declararam não ter mais a intenção de concorrer pela renovação do mandato, como o vereador Doutor Pedro, os restantes que compõem a Câmara de Vereadores da cidade são candidatíssimos. Já para o Executivo a certeza até o momento é nome do atual prefeito Luciano Pinheiro que irá tentar a reeleição. O grupo de oposição ao seu mandato aparece com três prováveis nomes, o ex-deputado Amauri Teixeira (PT), o vereador Tiago Dias (PC do B) e a diretora do Núcleo Regional de Saúde (NRS), Kátia Alves (Podemos). Todos, até o momento, se colocam com pré-candidatos a prefeito.

Do jeito que está Luciano venceria com tranquilidade a eleição para prefeito, pois a divisão dos votos dos seus opositores lhe beneficiaria, como aconteceu no pleito anterior quando concorreu contra três candidatos. Caso aconteça o consenso, e os demais nomes decidam pela união de forças, a reeleição do atual gestor estaria comprometida. Por incrível que pareça, contrariando a matemática e prevalecendo a lógica política, a disputa contra três candidaturas seria bem mais fácil do que contra apenas uma.

A vantagem para o prefeito estaria no excesso da vaidade dos seus oponentes. Demonstrando a falta de um projeto político, onde a discussão coletiva está sendo sucumbida pelo egoísmo, partidos e pessoas querem mostrar forças numa mera disputa de poder em detrimento ao bem comum.

Como se estivessem se precavendo de uma contaminação viral, os nomes que se apresentam em melhores condições para enfrentar Luciano Pinheiro nas urnas neste ano insistem no distanciamento, se comportando como se fossem inimigos e não integrantes da mesma corrente política.

Até que se faça a terraplanagem, drenagem e pavimentação da estrada de cascalho, os que circulam em rodovias já pavimentadas estarão a quilômetros de distâncias. Uma coisa é real, enquanto a oposição não se decide, o prefeito Luciano segue sua viagem em rodovia sem curvas.

Ano eleitoral é como uma corrida de fundo, o atleta que sair na frente inevitavelmente será o campeão da prova.

Por Gervásio Lima

Jornalista e historiador

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É preciso ver para crer

04 de março de 2020, 16:36

*Por Gervásio Lima – 

 

São Tomé foi um dos 12 apóstolos de Cristo, o abusado que disse que só acreditaria na ressurreição de Jesus se pudesse ver e tocar as chagas da crucificação. A partir daí nasceu a expressão “ver para crer”.

Assim como o apóstolo Tomé, que duvidou da ressurreição de Jesus e exigiu tocar suas chagas para que se convencesse, o mais precavido dos mortais também evita fazer juízo de valor para não incorrer no grave e perigoso erro de julgar algo que não conhece ou que não viu. O apóstolo que no primeiro momento se comportou como um homem de pouca fé, um descrente, teve de certa forma uma atitude digna dos que abominam pré-conceitos e, principalmente julgamentos feitos a partir de percepções individuais e ‘do que ouviu dizer’.

A decepção ou desilusão é o sentimento de insatisfação que surge quando as expectativas sobre algo ou alguém não se concretizam. Apesar de ser semelhante ao arrependimento, difere deste na medida em que o arrependimento está focado nas escolhas pessoais que levaram a um resultado negativo, enquanto que a decepção está focada no próprio resultado. No caso de São Tomé nenhuma das opções sentimentais se aplicam, ao contrário do que acontece com freqüência na política eleitoral, cuja maior dificuldade é encontrar um impenitente.

A fidelidade política é o pré-conceito eleitoral e as defesas e as garantias postas antes de se atingir um determinado objetivo, geralmente a vitória nas urnas, não são mantidas pela maioria. O voto de união é um dos momentos mais marcantes numa aliança política. Como em uma cerimônia de casamento religioso, onde é prometido ‘estar junto na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, amando, respeitando e sendo fiel em todos os dias da vida’, o anúncio de pactos políticos durante uma eleição quando não é motivo de festa, simboliza ao menos alegria. Quando a união é com um noivo ou uma noiva rica, vixe, aí que a zuada é grande.

Para a tristeza de muitos o matrimônio não é eterno e, o pior, tem durado menos que se espera. Neste caso a decepção e o arrependimento se resumem em uma única palavra, ‘frustração’. Às vezes mais do que os desquitados; pais, padrinhos, amigos e familiares sofrem a dor da separação, principalmente se o motivo foi o adultério, tanto quanto.

Todo excesso é prejudicial. Tudo que ultrapassa o limite da razão tende a não dar certo. Para os que acreditam no ‘já ganhou’, é bom lembrar que a autoconfiança requer humildade. Os seres humanos estão acostumados à prática exagerada da vaidade e do orgulho e por conseqüência têm sido surpreendidos pro resultados nada agradáveis. Resultado de eleição é feito São Tomé: ”precisa ver o resultado das urnas para crer” pois até então tudo é ignoto, ou seja, desconhecido.

O problema das pessoas, inclusive dos políticos, talvez não seja a falta de confiança, mas o excesso dela.

*Jornalista e historiador

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Não deixe de fazer agora o que não sabe se vai ter a oportunidade de fazer depois

12 de fevereiro de 2020, 17:37

*Por Gervásio Lima  –  

A estupidez, a insensatez e a arrogância destroem não apenas a capacidade intelectual e social dos impensantes e irracionais interlocutores, como também, e com efeito dominó, todos aqueles que seguem suas tortas e falhadas linhas construídas a partir das mais absurdas conclusões à respeito do que é e como se comporta o ser, humano.

Conceitos antecipados são tão cruéis e nocivos quanto os tardios. Julgar pela aparência física, profissional e de classe social é imoral. A satisfação precisa ser estendida para além do ego pessoal numa demonstração de que a alegria é um sentimento que depende de provocações externas, independente de cor, raça, clero e gênero. A felicidade vem de fora para dentro, e como outros ciclos e momentos da vida só é completa quando envolve outros atores e coadjuvantes.

Não se é feliz sozinho. A felicidade é um sentimento que precisa de um ou mais motivos para acontecer. Algo de bom é preciso ser vivido para se ter a sensação de bem estar, contentamento e partilha. O indivíduo não é feliz e realizado por está desfrutando egoisticamente algo que o único beneficiado é ele próprio. Estar bem é olhar em todas as direções e perceber que os semelhantes buscam seguir o mesmo caminho, livres de curvas e barreiras negativas.

Muitos sofrimentos podem ser evitados. As escolhas erradas são como andar em uma estrada desconhecida, até que se perceba que está no caminho errado a decisão de seguir em frente ficará por conta e risco daquele que até então era um ‘desorientado’ e passou a ser um ‘aventureiro’.

O ‘achismo’ é algo perigoso. A teoria é indispensável para se chegar à prática, mas quando confundida com a verdade absoluta se torna traiçoeira, pois nem tudo aquilo que não foi praticado ou testado será o que realmente se apresentou como sendo. Para ‘achar’ é preciso procurar, lógico, mas quando se trata da relação humana não se tem o cuidado de averiguar antes de acusar, fato.

Pedir desculpa é um ato nobre e de humildade. Esta demonstração de arrependimento pode ser evitada quando a mesma nobreza e humildade antecedem uma ação negativa. O disse que, o parece, talvez, provavelmente e, principalmente, eu acho, são termos usados geralmente pelos adeptos do fuxico, da fofoca e da futrica.

Viver é enxergar o outro como sua semelhança.

 

*Jornalista e historiador

 

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A alcateia travestida de rebanho

04 de fevereiro de 2020, 17:17

*Por Gervásio Lima –  

Os cargos eletivos são todas as funções ocupadas por cidadãos eleitos pelo voto do povo. No Brasil as eleições são realizadas de dois em dois anos, alternadas entre gerais (quando são eleitos presidente e vice-presidente da República, governadores e vice-governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais e distritais) e municipais (quando se elegem prefeitos, vice-prefeitos e vereadores).

Poder se candidatar a um cargo político eletivo é um entre vários direitos políticos garantidos ao cidadão brasileiro, mas para isto, o cidadão precisa cumprir algumas condições que estão previstas na Constituição. Para ser candidato a pessoa precisa, entre outros requisitos, ter nacionalidade brasileira ou ser naturalizado; ter domicílio eleitoral na circunscrição há pelo menos um ano antes do pleito, ser filiado a um partido político também há pelo menos um ano antes da eleição e possuir idade mínima exigida para cada cargo ao qual se deseja concorrer.

Tais informações são do conhecimento de boa parte dos que buscam uma vaga em um dos cargos disponíveis no sistema eleitoral do país. No momento em que se decide que irá concorrer, até a pré e a campanha propriamente dita, uma alcateia travestida de rebanho se apresenta como paladina da moral, da ética e dos bons costumes e como um ‘salvador da pátria’ promete até mesmo asfaltar o caminho para o céu e encanar a água do mar.

As eleições acontecem e aquele, ou aqueles, que antes de assumir o poder abusava de solicitudes é eleito. A posse é oficializada, e como em um conto de fadas com apenas uma movimentação de uma varinha o sujeito se transforma da água para o vinho. Como um verdadeiro ‘171’ (estelionatário no Código Criminal), o escolhido pela maioria (mesmo que a diferença tenha sido de apenas um voto) passa a se comportar como um especialista em enganar e dar golpes nos seus confiados e comandados.

Participar do processo político e poder eleger seus representantes é um direito de todo cidadão brasileiro. No entanto, a grande maioria da população vota em seus candidatos sem a mínima noção da responsabilidade da escolha. A emoção, o egoísmo e até mesmo o voto de cabresto se sobrepõem ao consciente, levando os desprovidos de malícia a incorrer em grave erro.

A ignorância não é pré-requisito daquele que pratica violência; o ignorante, geralmente por falta de estudo, não tem conhecimento, cultura e experiência ou prática em determinadas situações, o que na maioria das vezes o faz chorar sobre o leite derramado.

 

*Jornalista e historiador

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O Sol nasce e se põe para todos

31 de janeiro de 2020, 13:37

Foto: Gervásio lIma

*Por Gervásio Lima  –  

Na simbologia universal, mitológica e esotérica o Sol é a Luz e relaciona-se diretamente com a ampliação da consciência superior. A luz é o símbolo do conhecimento, a busca pela realização e a capacidade criadora. O Sol é um elemento presente em muitas crenças, rituais e costumes desde a antiguidade, representando a força vital e o poder cósmico; e, por isso está presente em muitos mitos da criação do mundo.

A estrela central do Sistema Solar talvez seja o principal e mais importante astro para a vida na terra, mas, corroborando com o primeiro parágrafo, ele pode ser visto e interpretado de diversas maneiras. Fonte inspiradora de versos, prosas e, inclusive de superstições, o Sol é também usado como ‘sinônimos’ para termos positivos e negativos do cotidiano. Como um alento de resignação ou justificativas de percalços, a luz e o calor emitidos por ele são usados por grande parte da população mundial.

Venerado ou odiado, a verdade é que o sol é, além de uma fonte inesgotável de energia, presença certa e indispensável para a vida e na vida dos terráqueos. Luz, brilho, aquecimento, escuridão e outros substantivos mexem com a imaginação. A forma como são vistos ou até mesmo absorvidos envolvem estado de espírito, crença e até mesmo religião. É possível ver luz em um ambiente escuro e vice-versa. A compreensão de mundo depende muito do olhar de cada indivíduo.

Errar e acertar são antagônicos, mas nem por isso inibem o apostador de apostar, de ousar ou deixar de acreditar que o impossível pode ser possível. Apesar de bonita, a palavra ‘realidade’ pode não ser necessariamente sinônimo de bondade e generosidade, assim como a verdade nua crua, ou a pura verdade, pode ser do bem, mas também do mal.

O comportamento e as decisões tomadas enquanto cidadão contribuem para o desenvolvimento pessoal ou a falência dos princípios do sujeito. As escolhas, seja pensando o individual como no coletivo, podem comprometer irreversivelmente um modo de vida. Como o sol, cuja sua luz tem, entre outras atribuições, a função de clarear e iluminar, as atitudes erradas inevitavelmente tornarão os dias em verdadeiras escuridões.

Neste ano, no início do mês de outubro, acontecerão as eleições para as escolhas dos prefeitos e vereadores das cidades brasileiras. Momento único para decidir o que se deseja para os seus municípios, os eleitores vão precisar de muita luz enquanto estiveram utilizando os dedos nas teclas da urna eletrônica.

O sol nasce para todos; todos aqueles que possuem a capacidade de discernir o que é claro e o que é escuro e o que certo e o que é errado.

Enquanto isso, o crepúsculo da vida continua…

*Jornalista e historiador

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Fazer o bem sem olhar a quem

10 de janeiro de 2020, 15:07

*Por Gervásio Lima – 

O sentimento de gratidão talvez seja um dos mais nobres da natureza humana. Aflorado geralmente em momentos de alegria e empatia, o reconhecimento é digno dos que buscam e pregam o bem, independente de momento e situação. Agradar é dar prazer e contentamento, muitas vezes momentâneo e individual, beneficiando mais o ego, em detrimento da bondade.

Fazer o bem sem olhar a quem e não esperar nada em troca é uma atitude dos fortes, dos que buscam a felicidade plena não apenas para si, mas para o coletivo, mesmo que para isso seja preciso enfrentar a maldade intrínseca dos que pregam a tirania e o desamor.

O olhar não deve ser direcionado apenas para ‘umbigos’. Não basta conhecer, é necessário entender as situações para não incorrer no erro do ‘juízo de valor’, aquele baseado no ponto de vista pessoal, a partir de um conjunto particular de valores. Julgar tem sido mais fácil que compreender, alimentando o ódio e a discórdia entre os semelhantes, independente dos ambientes onde estes estão inseridos.

Infelizmente o respeito está indo para a ‘cucuia’.

O mundo está vivendo momentos sombrios e de incertezas baseados em comportamentos falsos e moralistas, com objetivos claros de disputa de poder para proveitos próprios e de grupos que buscam implantar o que acreditam ser a verdade absoluta, desrespeitando opiniões contrárias ao que pregam.

Nunca a blasfêmia e a mentira estiveram tão próximas. A religião e os valores morais têm sido utilizados irresponsavelmente como ‘panos de fundo’ por pseudo-paladinos da ética e da moralidade. O mundo vive uma onda de fake news (notícias falsas), com distribuição deliberada de desinformação e boatos via jornal impresso, televisão, rádio e online, através das mídias sociais.

A mentira é aquilo que engana e não corresponde à verdade e entre seus sinônimos estão: engano, falsidade, fraude, embuste, embustice, impostura, farsa, trapaça, lorota, balela, invencionice, invenção, inverdade, novela, calúnia, pretexto, embromação e outros. 

Se intimidar com os que vociferam é demonstração de fraqueza. Acreditar no vociferador, idem.

Forte é o povo!

*Jornalista e historiador

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Contra informação hackeada, jornalismo de qualidade

04 de janeiro de 2020, 07:36

Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Priscila Cruz* – 

A quase onipresença das informações via redes sociais vem modificando a forma como decidimos agir e coloca em jogo o que entendemos como realidade. Cada vez mais, as narrativas alternativas das redes nos conduzem por caminhos perigosos, como provou o caso da consultoria inglesa Cambridge Analytica, que, ao acionar dados dos usuários de redes sociais e direcionar conteúdos, influenciou as eleições norte-americanas e mundo afora. Deixou de ser, portanto, assunto para profissional de comunicação entender os bichos exóticos que circulam nas redes – fake news que já evoluiu para deepfake, “bolhas” e timeline.

Esses conteúdos virais, muitos com aparência de verdade, alimentam disputas políticas e culturais que giram em falso. São distorções em debates essenciais para o bem-estar e o progresso da vida humana, como as notícias falsas anti-vacinas que ligam a imunização a quadros de autismo.

Nesse tabuleiro complicado de desinformação, um jornalismo livre e de qualidade – como pilar democrático – é fundamental. Felizmente, ferramentas que aprimoram a cobertura da imprensa e respondem aos desafios atuais têm surgido. É o caso dos mecanismos de “checagem de fatos” e o jornalismo de dados, que contrapõem dados oficiais e especialistas ao senso comum e às falsas declarações.

 

Na Educação, por exemplo, tema que o Todos Pela Educação acompanha há 13 anos, a qualidade da cobertura amadureceu e foi aprofundada nos últimos anos. Esse fortalecimento do trabalho de qualidade da imprensa tem sido especialmente relevante frente ao sensacionalismo que domina o compartilhamento de notícias falsas sobre o tema. Na corrida presidencial, por exemplo, circularam nas redes histórias absurdas em que iniciativas para a Educação Infantil incluíam abordagens sexuais inapropriadas; ações que nunca foram propostas e foram desmascaradas por uma série de trabalhos de checagem.

São as boas reportagens que colocam a Educação na pauta do dia pelos motivos certos, monitorando o poder público e disparando debates ligados aos desafios reais das escolas públicas – a aprendizagem que avança muito lentamente e a necessidade de mudanças na formação dos nossos professores.

Assim, mais do que nunca, pesa sobre os jornais o exercício da vigilância do poder, agora investido de mentiras difusas. A apuração criteriosa deve estar contra o hackeamento da informação e ser instrumento para a cidadania crítica dos brasileiros – isso só será possível reforçando os pilares da ética, responsabilidade e inovação.

*É COFUNDADORA E PRESIDENTE EXECUTIVA DO TODOS PELA EDUCAÇÃO

 

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Todo dia é dia novo

31 de dezembro de 2019, 12:11

*Por Gervásio Lima –

Os dias que antecedem a virada de um ano para outro servem como uma espécie de ‘arranque’, de provocações e regressos. Nem sempre partindo da vontade própria, mas quase sempre do que se é norteado, seja pelas enxurradas de mensagens recebidas nas redes sociais ou encontradas em publicidades muitas vezes apelativas nas mídias escritas, faladas e televisionadas.

Saber que fumar, não controlar o peso corporal, não praticar exercícios físicos e não se preocupar com uma alimentação saudável e equilibrada podem prejudicar a saúde, e mesmo assim são ações corriqueiras (entra ano, sai ano), isto todo mundo, ou quase todo mundo, já sabe. Fazer o bem sem olhar a quem, idem. Mas, para muita gente é preciso que se aproxime um novo ano (do calendário cristão) para a consciência doer, as ações acontecerem e as inúmeras promessas surgirem.

Vou amar mais, brincar mais, me cuidar mais, estar mais presente, passear mais, malhar mais, viver mais …

Muito mais do que os ‘mais’ encontrados nas mensagens automáticas, copiadas, e repassadas é ter e praticar o espírito fraterno durante todos os minutos, as horas e os dias da vida.

Confraternizar todos os momentos, independente de datas estipuladas com objetivos geralmente comerciais.

Seguindo a Declaração dos Direitos Humanos, onde diz “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos, dotados de razão e de consciência e que devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”, seria correto afirmar que com simples comportamentos e acompanhando preceitos morais e religiosos as pessoas não precisarão somente das datas de um calendário para amar o próximo.

Que ososentimentos evocados neste período que compreende o Natal e a chegada do Ano Novo sejam expandidos pelos demais 365 dias que se iniciam a partir do dia 1º de Janeiro.

Feliz anos novos, pois como diz o ditado popular: “Quem vive de passado é museu”.

*Jornalista e historiador

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Já é Natal, e Ano Novo também…

18 de dezembro de 2019, 16:37

*Por Gervásio Lima –

O mês mais iluminado (literalmente) é também o mês que o assalariado mais ganha e mais gasta. Os tradicionais festejos de final de ano que envolve as comemorações natalinas e a chegada de um novo ano são os principais responsáveis pelo aumento das vendas no comércio de todo o país no mês de dezembro.

O clima natalino leva milhares de pessoas para as lojas físicas e virtuais. Esta é a data mais esperada pelos comerciantes, afinal são muitas pessoas para se presentear, tais como os familiares, namorados, amigos mais próximos, entre tantos outros. Do ponto de vista do capital é correto afirmar que o mês em que os trabalhadores, aposentados e pensionistas recebem um salário extra é de pura alegria para quem compra e para quem vende.

Presépios rodeados de Papais Noéis, trenós, hienas e outras esculturas de anjos e de animais enfeitam lojas, enquanto vendedores de gorros vermelhos tentam atrair os clientes. O colorido especial que marca o período natalino pode ser visto em vários locais da cidade que já se encontra pronta para a grande festa. A iluminação comemorativa enfeita o centro comercial, anunciando a celebração.

Esse é o mês de dezembro de várias cidades brasileiras, onde o espírito natalino incorpora no dia-a-dia da população que, talvez pelo momento ser diferenciado, não questiona e não interroga sobre determinados gastos para que a sua cidade fique tão bem decorada e iluminada. Não importa quem é o sanfoneiro, o importante é forrozear.

O período natalino geralmente é o momento de reflexão, de prestação de contas com a consciência e de balanço espiritual. É o momento daquele que foi mau durante todo o ano ficar bom por um dia; dos muitos que negaram um prato de comida tentar se redimir com a doação de uma cesta básica. É a hipocrisia querendo ser melhor que a demagogia.

O Natal é sinônimo de união, estar rodeado de pessoas que ama, sabendo que isso é recíproco, no lugar que se sente feliz, de alegria, felicidade e de esperança. Natal é amar a vida e amar o próximo, sem preconceitos e sem discriminações. Esses são os sentimentos que precisam ser alimentados, no meio de uma situação sombria da Terra e da humanidade.

É preciso lutar e acreditar que ainda existirá futuro e que povos poderão se salvar.

Feliz Natal e próspero Ano Novo!

*Jornalista e historiador

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O árduo papel da comunicação nos pequenos centros urbanos

10 de dezembro de 2019, 17:29

Foto: Reprodução

*Por Gervásio Lima – 

Fazer imprensa não é tarefa fácil, e fazer imprensa séria, responsável e profissional nos pequenos centros urbanos é muito mais difícil. A comunicação exerce um papel de destaque e faz parte do dia a dia da população, seja através do rádio, da televisão, do jornal escrito e, de uns tempos pra cá, da internet, principalmente das redes sociais. Como dizem os mais vividos, é a mão e os pés em muitas situações do cidadão.

A imprensa tem se tornado como o principal canal de interação da sociedade, se comportando como um forte elo emissor e receptor dos mais diversos assuntos, nas mais diversas áreas. É a segunda, a terceira e a quinta voz de uma ou mais pessoas.

Nas pequenas cidades, onde aquele que não conhece é conhecido, as relações humanas são mais próximas por geralmente existir um grau de parentesco, por ter estudado numa mesma escola, por ser padrinho ou afilhado ou frequentar a mesma igreja e o mesmo clube social. Partindo deste princípio, em determinadas situações, alguns profissionais não se sentem à vontade para externar suas posições em relação à política, a cultura, a religião e a opção sexual. Conseguir debater, opinar, sugerir e até mesmo reclamar chega a ser algo melindroso.

Fazer imprensa no interior é um ato de amor e coragem. Amor por nem sempre ter o trabalho valorizado e respeitado, mas nem por isso desiste, e coragem por enfrentar os que não alcançaram ainda um determinado nível de compreensão do que é formação de opinião, do que é jornalismo de verdade. As disputas de poder reforçadas geralmente com os que buscam obter vantagens ou benefícios são os maiores empecilhos daqueles que lutam e dão importância ao bem coletivo da comunidade que pertence.

Não bastassem todos os percalços que vivem no seu cotidiano, a dificuldade para manter um órgão de comunicação funcionando é outro grande e recorrente problema. Tratando de jornal escrito, por exemplo, os custos com profissionais da redação (repórteres, fotógrafos, diagramadores), da oficina (impressores), jornaleiros e com materiais gráficos (tinta, papel, chapa de impressão – no caso do Off-set), sempre foram as consequências para o fechamento dos periódicos. Manter a periodicidade com custos limitados é inviável.

O jornal Tribuna Regional, com sede no município de Jacobina e circulação em toda a sua macrorregião, tem conseguido a proeza que muitos não conseguiram: permanecer em funcionamento, regularmente, com edições semanais ininterruptas há mais de 14 anos.  Um verdadeiro guerreiro.

*Jornalista e historiador

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Boas Festas!

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