A violência e suas prováveis causas

14 de dezembro de 2018, 10:57

*Por Gervásio Lima –

A banalização da violência está intimamente ligada à extinção de pudores e à falta de respeito com os semelhantes. Conceitos pregados como verdadeiros, no intuito de fortalecer determinados discursos, têm contribuído para o aumento de casos de antipatias e consequentemente à intolerâncias fúteis. A sociedade tem sido vítima da má interpretação daquilo que lhe é oferecido como informação.

Os valores estão a cada dia perdendo espaços para o ‘politicamente incorreto’. A ausência da família, as más amizades, a falta de diálogo nas salas de aula, a ociosidade e o uso indiscriminado e exacerbado de certas tecnologias (jogos eletrônicos, internet, televisão…), continuam sendo um dos principais fatores para o aumento de desavenças das mais diversas espécies.

Os vários tipos de intolerância, inversões de valores e tantas outras ignorâncias morais não deixarão de existir por conta da complexidade de atitudes e pensamentos intrínsecos do ser humano, principalmente os desprovidos de amor e compaixão; mas com um esforço mútuo e responsável é possível afirmar que o bem continuará vencendo o mal.

Educação de qualidade, atendimento médico humanizado e a prática de esportes são elementos primordiais para uma boa formação moral de crianças, jovens e adultos, isso é fato, mas infelizmente não são prioridades para os governos, principalmente os municipais. Preocupação em tirar proveito pessoal à custa do erário público é maior que trabalhar para melhorar a vida das pessoas. Em muitos municípios investimentos em festas e decorações chegam a ser maiores que em áreas essenciais. Talvez isso explique o parágrafo.

O desenvolvimento de uma cidade passa pelo bem estar de seus habitantes. Nenhum lugar do mundo conseguiu unir desenvolvimento e qualidade de vida sem investir em seus cidadãos. A alegria proporcionada por eventos esporádicos não substitui a felicidade duradoura de uma obra física que beneficie o coletivo.

A violência não diminui exclusivamente com a aplicação de recursos em segurança pública, também. Como já foram citados, diversos fatores contribuem para o aumento de ocorrências negativas, e quando o cuidado não existe mais facilmente acontece o indesejado. Por tanto, para uma boa convivência e uma vida saudável, em todos os seus aspectos, é preciso gostar de si e aprender a gostar do outro.

Que a família comece e termine sabendo onde vai

E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai

Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor

E que os filhos conheçam a força que brota do amor

Oração pela Família – Padre Zezinho

*Jornalista e historiador

Boas Festas!

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