Político não é profissão, corretor imobiliário sim

16 de setembro de 2019, 11:59

(Foto: Reprodução)

*Por Gervásio Lima – 

Em qualquer área de atuação o conhecimento identifica a qualidade do profissional, mas apenas saber não caracteriza o sujeito como completo. A teoria é fundamental, é a base e o enriquecer do conhecimento; enquanto a prática, não menos importante, é o complemento essencial e a realidade da concretização.

Não basta querer ser, é preciso ter certeza do que almeja. Convicto de sua escolha, o próximo passo é ‘se jogar’ naquilo que decidiu fazer, sem medo de ser feliz. Contudo, não obstante, no entanto… Faz-se necessário utilizar sempre a responsabilidade e a humildade como parâmetros.

A identificação da vocação não se aplica somente na escolha da profissão que exerce ou venha a exercer. Algumas atividades requerem estudos de um dado conhecimento, como as profissões de médico, engenheiro, biólogo, e assim por diante, enquanto para outros trabalhos não se exige necessariamente a posse de um diploma, nem um simples certificado de escolaridade.

Quando se trata da política, então, sendo ‘profissão um trabalho ou atividade especializada dentro da sociedade, geralmente exercida por um profissional’, seria correto afirmar que político não é profissão. Na visão de especialistas na área, é uma função de caráter temporário e seria inadequada uma comparação dos políticos com a classe trabalhadora, pois a função dos políticos é representativa e não prestadora de serviços.

A atuação política pode até não ser formalmente considerada uma profissão, entretanto não faltam pessoas que fazem dela uma carreira, seja apenas para suprir interesses pessoais, seja para atender às “demandas sociais”. Muitos vêm na atividade a possibilidade de ascensão. Difícil, então, abrir mão dos privilégios, prática comum nos rincões do Brasil.

O ‘profissional na política’ não é o mesmo de ‘profissional político’. Um seria “cobra criada” e o outro a própria criatura.

Existem prefeitos e vereadores que vão mais longe. Vez ou outra aparecem notícias escabrosas de práticas abusivas daqueles que foram confiados os votos da população. Por está exercendo um cargo eletivo, temporário, gestores e edis se acham donos das povoações que representam. Se vacilar eles leiloam e vendem os patrimônios públicos de suas cidades. Aí sim, se transformariam em corretores imobiliários, aquele profissional re realiza a intermediação entre o vendedor e o cliente que deseja comprar um imóvel urbano ou rural. Profissão de corretagem.

 

*Jornalista e historiador

Boas Festas!

VÍDEOS